ANÁLISE: Times brasileiros não fazem falta. FIFA 15 ainda tem tudo para liderar o mercado

Depois de uma versão “adaptada” para a nova geração de games, EA Sports preparou o FIFA 15 para já rodar com tudo que Playstation 4 e Xbox One têm a oferecer. E o resultado é ótimo. Visualmente, mecanicamente e em termos de jogabilidade. O site ESPN.com.br testou o game, que foi lançado oficialmente nesta quinta-feira “09/10” aqui no Brasil, e conferiu os principais pontos positivos e negativos.

A grande polêmica do jogo é a não inclusão dos clubes brasileiros por questões, segundo a produtora EA Sports, de não ter um órgão que representasse os direitos de imagem dos atletas. A EA optou por não criar um precedente que pudesse a prejudicar com ações no futuro.

Mas, sendo bem honesto, clubes brasileiros não fazem falta ao game. FIFA 15 te dá um vasto número de times e ligas licenciadas em compensação.

Uma delas, como de costume, é a Premier League. Além dos 20 clubes, FIFA 15 tem também todos os 20 estádios do Campeonato Inglês da primeira divisão, fora elementos como o “GC” (gerador de caracteres) da Liga, árbitros, mais de 200 novos rostos de jogadores escaneados.

Basicamente, o game “te obriga” a jogar bastante com os times da Premier League. É o prime product do FIFA 15.

Visualmente, além de novos rostos da Premier League escaneados, o Fifa 15 também apresenta uma melhora nos gramados, que parecem mais vivos. Fora isso, fica perceptível a grama gasta conforme o jogo vai passando. Fora do estádio a EA caprichou no produto também com as arenas mais famosas do mundo.

O ponto a se lamentar é que por questões de direitos, os estádios da Copa do Mundo, que estavam presentes no game oficial do Mundial, não foram incluídos no FIFA 15.

Dentro do estádio, as torcidas se comportam de forma a deixar o gamer sentir que ele está realmente no local. Os fãs do Liverpool estendem faixas e cantam “You’ll Never Walk Alone”, na Bombonera eles não param de pular, e os fanáticos do Borussia Dortmund fazem a tradicional “muralha amarela”.

A jogabilidade melhorou bastante. A bola agora tem mais reações, não rola sempre retinha, jogadores dominam ela errado de vez em quanto. Isso dá uma dinâmica diferente, mais realista ao jogo. A inteligência artificial também foi afetada. Um time que está ganhando por 1 a 0 começa a reagir de forma mais lenta, buscando fazer a tradicional “cera” para esperar o tempo passar e manter o resultado.

O principal ponto de mudança apontado pela EA Sports foram os goleiros. Nos games de nova geração, eles e suas reações foram todos remodelados, começando do zero, para fazer parecer o mais próximo da realidade. Os arqueiros não são mais meros “cones”.

Inicialmente, a mudança é irritante. Os goleiros fazem defesas absurdas. Você chega na cara do gol, chuta uma “bomba” e ainda vê o arqueiro espalmar. Porém, depois de tanto jogar você vê que existem formas de vencer o goleiro sem necessariamente “encher o pé”.

A revitalização dos goleiros trouxe novas formas de fazer gols, como por debaixo das pernas, etc.

Os modos de jogo continuam iguais (carreira, ultimate team, entre outros). A interface na hora de selecionar seus jogadores e táticas do time mudou, porém nada muito complicado que demore tempo para o gamer se acostumar.

O Fifa 15 definitivamente é um avanço da versão anterior e explora bem o que a nova geração de consoles tem a oferecer. Por enquanto, não dá para fazer muita comparação com o principal concorrente, o PES 2015, que só sai no fim de novembro e ainda corre atrás para ter os nomes autênticos de todos os atletas de clubes brasileiros também.

Avaliação final: FIFA 15 é um belo jogo mesmo sem os clubes brasileiros. A quantidade de ligas e a autenticidade total da Premier League aproximam ainda mais o game do realismo. Nota 8,5.

Fonte: ESPN Brasil